sábado, 6 de outubro de 2012

Para decidir o destino da cidade


Chegou a hora de decidir o destino da sua cidade. Neste domingo, 7, as eleições municipais, em todo o Brasil, ajudarão a decidir os rumos que cada cidade seguirá nos próximos quatro anos. De algum modo, você certamente terá de pensar sobre o voto que vai dar, sobre qual candidato escolher, pois sendo uma pessoa responsável, o que você depositar nas urnas vai ajudar a dirigir sua própria vida.
Talvez você seja daqueles que se encontram frustrados com a escolha das eleições passadas, se sentindo enganado ou abandonado. Talvez seja um daqueles que nem mesmo se lembra em quem votou. Ou talvez, você seja uma das pessoas que ache eleição uma coisa chatíssima.
Quero que você pense sobre duas coisas. Primeiro, nesse exato momento, cerca de metade da população do mundo não sabe sequer o que quer dizer votar e escolher os seus próprios governantes, pois esse é um instrumento inexistente em não poucas culturas e países. Por esse prisma, podemos nos considerar privilegiados por fazer parte da escolha da vida política da nossa cidade. Isto porque, bem ou mal, vivemos em uma democracia.
Segundo, se uma pessoa começar a votar aos 16 anos e viva até aos 80 anos, poderá votar, no máximo, dezessete vezes. Quantas coisas na vida você pode fazer que lhe dê dezessete oportunidades para mudar ou melhorar algo, mas acaba desprezando?
Essas duas ponderações ajudam a nos mostrar a importância e a urgência que as eleições devem merecer de cada um de nós. Afinal, esta é a festa da democracia. Na definição de Abraham Lincoln, “Democracia é o governo do povo, pelo povo e para o povo”. Assim, o próprio povo escolhe, pelo voto, o seu destino.
A maneira como cada eleitor trata o seu voto fornece uma pista segura para sabermos se o mesmo tem consciência política e exerce plenamente o seu direito de cidadão, ou não. Desse modo, a estatura de cada cidadão é medida pela valorização que dá ao seu voto, pelo modo como expressa a sua vontade política.
Por isso, o voto é não somente intransferível e inegociável, mas também precisa refletir a compreensão que o eleitor tem de sua cidade. Em função disso, ele não deve, em hipótese alguma, violar a sua consciência política, principalmente no que diz respeito à sua maneira de ver a realidade social. Cada eleitor deve, portanto, discernir se o candidato que pede o seu voto é uma pessoa lúcida e comprometida com as causas da Justiça e da Verdade, e não um oportunista de plantão, que só aparece em época de eleição.
Se o eleitor quer ter compromissos éticos na política, deve lembrar-se de que os fins não justificam os meios. Por isso, nunca deve aceitar promessas de qualquer candidato que possam corromper a sua consciência, mesmo que a “recompensa” propalada seja, aparentemente, muito boa para si ou para a sua comunidade. O eleitor não deve aceitar de forma alguma promessas de ganhar os “reinos deste mundo” por quaisquer meios que lhe roubem a glória de ser um cidadão responsável e útil à sociedade com o seu voto.
Devemos ter em mente que o nosso voto é, de algum modo, um instrumento revolucionário e pacífico de transformação social. E essa é uma característica única e essencial de democracias sólidas e estáveis, cuja ação só pode ser realizada por um ato da vontade e da consciência de cada cidadão.
Quer queiramos admitir ou não, estaremos caminhando para uma situação que pode melhorar ou piorar a nossa cidade, dependendo da nossa atitude, da nossa escolha. Se formos omissos ou desinteressados, ajudaremos a piorar a situação; se formos responsáveis e diligentes, solidários e participativos, com o voto consciente e de qualidade, daremos um grande passo para melhor a “polis”, a cidade onde vivemos, pois daí advém o termo política.
Se não dá para mudar tudo e fazer o bem de uma só vez, podemos ao menos tentar evitar que o mal prospere, ao votarmos e elegermos os candidatos sérios e de melhores propostas.
Procure avaliar a vida dos candidatos, pergunte sobre os mesmos, se informe a respeito, veja se é um bom caráter, se é uma pessoa séria, se tem propostas coerentes, e prime por escolher o seu candidato num elenco que traga essas legítimas características.
Se estes não puderem mudar o que precisa ser mudado, na pior das hipóteses evitarão que pessoas nocivas sejam eleitas e ocupem o lugar que nos é devido, exerçam autoridade sobre nós, persigam a nossa fé e blasfemem contra o nosso Deus.
       Nesta hora de decisão, saiba que o seu voto ajudará a decidir o destino da sua cidade. Além disso, oro para que Deus dê a todos sabedoria e graça, para que cada eleitor faça a melhor escolha!

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